Algumas tecnologias são fundamentais para atender as demandas da indústria de água mineral. O filtro removedor de ferro e manganês é uma dessas soluções que resolve esse problema em reservatórios de aço inox.

A maneira mais comum de remover o ferro e o manganês da água é através de um sistema de adsorção. Seus leitos de areia especiais têm durabilidade de até cinco anos, sendo possível sua regeneração.

Tratamento com dióxido de manganês

O dióxido de manganês é um conjunto de meios granulares mais comumente utilizado para a remoção de compostos de sulfeto de hidrogênio, ferro e manganês de reservatórios de aço inox.

Esse meio funciona tanto como um filtro clássico quanto como oxidante, exercendo uma ação catalítica devido à sua capacidade de acelerar a reação entre o agente oxidante e qualquer oxigênio previamente dissolvido com ferro e manganês presentes.

Ferro, manganês e sulfeto de hidrogênio dissolvidos permanecerão dessa forma, a menos que o equilíbrio seja alterado. Ferro e manganês que não oxidam são precipitados pelo catalisador e então retidos diretamente no mesmo meio. O meio filtrante é muito denso, de modo que as formas oxidadas (precipitados) de ferro, manganês e sulfeto de hidrogênio não passam pelo leito.

A maior parte do manganês é rapidamente removida nos primeiros centímetros do meio em que é oxidado a dióxido de manganês. O manganês, o ferro e o enxofre precipitado adsorvidos são expelidos durante a retrolavagem. Qualquer crescimento de partículas insolúveis de hidróxido férrico em reservatórios de aço inox também é eliminada durante a retrolavagem.

Existem diversas marcas de dióxido de manganês. Cada fabricante tem suas recomendações para regeneração, fluxos de serviço e retrolavagem. O mais importante é realizar a retrolavagem corretamente para separar e eliminar os contaminantes filtrados e os precipitados de ferro, manganês e sulfeto de hidrogênio.

Uma reação contínua ocorre com a adição de um oxidante, regeneração da superfície do meio e reposição do meio. Para aplicações difíceis, os filtros de dióxido de manganês podem ser aprimorados com aeração, cloração ou ozônio. Os filtros de dióxido de manganês são recomendados antes dos abrandadores para proteger a resina de troca iônica contra incrustações.

Sistema de cloração além da filtração em reservatórios de aço inox

A oxidação química seguida de filtração é o método aceito para remoção de ferro e manganês quando as concentrações são superiores a 10 ppm em reservatórios de aço inox. A cloração removerá partículas de ferro e manganês solúveis e insolúveis da fonte de água em suspensão. A retrolavagem do filtro de areia para remover ferro e manganês precipitados é uma parte importante da filtragem contínua.

Assim como no filtro de dióxido de manganês, a vazão do sistema deve ser verificada para garantir que ele possa fornecer as vazões necessárias para a retrolavagem. Uma vantagem adicional do uso do sistema de cloração é seu efeito bactericida. As bactérias de ferro e manganês, juntamente com outras bactérias, são destruídas. Potenciais problemas de entupimento no filtro de areia são eliminados.

A taxa ideal de oxidação de ferro e manganês por cloração é em pH de aproximadamente 8,0 e 8,5, respectivamente. O carbonato de sódio injetado com o cloro elevará o pH a níveis ideais. Ajustar o pH para níveis alcalinos também reduz a corrosividade da água em tubulações e encanamentos.

Troca iônica

Ferro e manganês solúveis (ferro e manganês dissolvidos em água) podem ser trocados por sódio em uma resina de troca. Esse processo de remoção de ferro e manganês é o mesmo processo de troca iônica que remove a dureza, o cálcio e o magnésio.

Ferro e manganês são removidos durante a operação normal de um leito de resinas de troca iônica. Alguns sistemas podem ser projetados para tratar adequadamente água com teores de ferro de até 10 ppm. No entanto, a maioria se limita a tratar a água com teores de ferro não superiores a 1 ppm.

Uma das desvantagens da função de troca iônica para a remoção de ferro e manganês é a precipitação por oxigênio. Alguns precipitados se ligam fortemente à resina de troca e, com o tempo, a capacidade de troca é reduzida, obstruindo os poros e diminuindo prematuramente a vida útil da resina. Além disso, se houver bactérias, o problema é ainda pior.

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